Foi neste período que ajudei meu pai a construir uma garagem para o novo trator que o dono da fazenda havia adquirido. Chegaram as madeiras: Palanques, vigotas, terças e tábuas. não tínamos quase nada de ferramentas, as elétricas nem sequer eram ainda sonho de consumo, pois não há conhecíamos, e onde não há conhecimento não há cobiça como diz o apóstolo Paulo (Rm 7:7). Tínhamos, traçador (uma espécie grande de serrote para toras), serrote, enxó, martelo e arco de pua, vontade de trabalhar e conta para pagar.
Assim aquele amontoado de madeira começou a criar forma e a cada encaixe meus olhos iam brilhando e estranhamente um calor no peito aumentava a cada martelada, orgulho de ver como meu pai podia transformar peças retas em formas, madeira em arte. Desejei saber o mesmo, desejei pagar as contas da mesma forma.
Assim foi minha primeira experiencia com a madeira e as ferramentas, foi a primeira transformação que vi acontecendo, algo morto revivendo... assim houve luz....
Enxó |
Traçador |
Arco de Pua |
O arco de pua do meu bisavô paterno está comigo hoje, preciso repor o cabo do meio e arrumar umas puas, mas com certeza quero colocar em uso, principalmente para fabricar móveis rústicos.
ResponderEliminarAs ferramentas tradicionais continuam cumprindo seu papel, nosso mundo moderno e sua correria que os julgam ineficazes.
Abraço.